"O professor Otto E. Rössler, nascido em 1940, é acadêmico de longa trajetória e membro do Instituto de Química Física e Teórica da Universidade de Tübingen. Ele é um dos que advertem contra eventuais efeitos destrutivos do LHC (Large Hadron Collider), o maior acelerador de partículas do mundo, a ser posto em atividade nesta quarta-feira (10/09).
Suas advertências têm sido ignoradas ou ridicularizadas pela comunidade científica. E no entanto o que estaria em jogo é a sobrevivência da humanidade, afirma. O cientista alemão concedeu uma entrevista exclusiva à DW-WORLD.DE.
DW-WORLD.DE: Que perigos acarreta o acelerador de partículas LHC (Large Hadron Collider)?
Rössler: Pela primeira vez se incrementará a energia por um fator de oito. É como se se aumentasse a potência de um microscópio oito vezes mais do que jamais foi feito. Ou se acelerasse um meio de transporte a uma velocidade oito vezes maior. Sempre podem surgir imprevistos. E, naturalmente, o mesmo ocorre neste caso. Dever-se-ia, por exemplo, incrementar a energia lentamente, para poder prevenir o que ocorre. Ao contrário, planeja-se incrementá-la de um golpe só, e isto é muito imprudente.
Há perigos que não foram excluídos e que, no entanto, não se deveria descartar antes de empreender algo arriscado. Não seria tão difícil excluí-los convocando peritos na matéria e pedindo-lhes que refutassem os cenários de risco postos sobre a mesa. Porém isto não foi feito. Recusando-se, o CERN [Conselho Europeu de Pesquisa Nuclear, em Genebra] está atuando de maneira irracional, indigna da ciência, e que a desacredita em nível mundial. Quer dizer, trata-se de uma questão exclusivamente teórica. Infelizmente, relacionada com a sobrevivência da humanidade.
Fala-se, neste contexto, da "criação" de buracos negros...
Vemos, sim, o perigo de buracos negros. É precisamente isto o que se poderia produzir e, na realidade, são eles um dos objetivos desse experimento.
Quer dizer que se poderia produzir um buraco negro que cresceria, devorando tudo a seu redor?
Em última instância, sim. Seria um miniburaco negro, imensamente pequeno. Há apenas algumas teorias segundo as quais eles poderiam produzir-se, e são estas que o CERN quer comprovar. Entretanto, se esses miniburacos negros surgirem – à razão de um por segundo, que é o que se espera – e um deles permanecer na Terra, em vez de se "evaporar", a única coisa que poderia fazer é crescer. O CERN pensa que se esfumarão, mas há indícios concretos de que tal poderia não acontecer. E é isto o que se deveria esclarecer. Caso não desapareçam, devorariam a Terra a partir do interior, em algum momento, com maior ou menor velocidade. O CERN argumenta que lentamente. Eu creio que seria rapidamente."
AAHHH!! E se este cientista tem razão? :-I loll...
(notícia aqui)
terça-feira, 9 de setembro de 2008
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