Muitos o procuraram ao longo dos milénios. Muitas vidas vaguearam no seu rasto. Muitas almas peregrinas largaram tudo pelo desejo de o encontrar. Ei-lo aqui, disponível para quem o quiser.
O segredo da felicidade está na junção de três pilares.
Os três pilares são os seguintes:
1º: desenvolvimento psicológico. A contribuíção deste pilar para a felicidade é o seguinte: a pessoa compreender de onde veio, como funciona, e quais são as forças e os mecanismos que actuam em si. Descobrir a sua liberdade fundamental para ser aquilo que quiser ser. Saber encontrar a sua identidade e a sua autonomia, e aceitar-se por se saber produto das suas opções, quaisquer que sejam os condicionamentos exteriores. Saber que os acontecimentos, as circunstâncias e as características não a definem, e que é qualquer coisa para além de tudo isso. A pessoa conhecer-se a si própria: saber distinguir o que sente a cada momento e em relação a cada coisa e a cada pessoa, e o que quer fazer em relação a isso. Ter uma vida emocional saudável e fluída, sem bloqueios, sem assuntos por resolver, verdadeiramente entregue ao momento e à relação com a vida. Saber quais são as diferentes facetas que formam o seu ser, reconhecê-las na acção, e integrá-las num sentido superior e coerente de self. Resumindo, a tudo isto e a outras mais coisas chama-se desenvolvimento psicológico.
2º: amor. O 1º pilar sozinho não chega para a felicidade. A pessoa pode ter um grande desenvolvimento psicológico, mas não viver em amor. As contribuíções deste pilar são as seguintes: gostar de si próprio, da sua personalidade, do seu corpo, e gostar de estar consigo mesmo. Gostar das pessoas com quem escolhe relacionar-se, e saber viver relações ao mesmo tempo autónomas e profundamente íntimas. Ter um sentido do outro: procurar e respeitar o outro, querer o outro, o bem do outro, e apreciar o prazer do outro. Gostar da Natureza: apreciar o bem que vem dela; aceitar o mal que vem dela; viver em harmonia com ela. Cultivar a sensibilidade que vem do amor: desenvolver um olhar maravilhado pela vida. Ter um verdadeiro prazer de viver, desde que acorda até se deitar; e durante o sono também.
3º: fé. Os 1ºs dois pilares não chegam para a felicidade. A pessoa pode ter um grande desenvolvimento psicológico e viver em amor consigo, com os outros e com o mundo, mas não encontrar sentido no mundo, não ter esperança na resolução positiva das coisas, não acreditar na vida eterna para além da morte, e não acreditar num Ser superior do qual procedem todas as coisas e para o qual caminham todas as coisas. A felicidade completa só é atingida com este pilar. Sem este pilar, haverá muitos momentos felizes, possivelmente uma vida inteira de felicidade. Mas com este pilar essa felicidade ganha um sentido de êxtase, uma noção de perfeição inerente e transversal a todas as coisas, noção essa que por sua vez se manifesta nos mais pequenos pormenores e em toda as áreas da sua vida, elevando-as a um patamar superior e global.
Muitos conhecem a pirâmide de Maslow, que diz que as necessidades superiores do Homem só se atingem se as necessidades inferiores estiverem satisfeitas. Eu proponho uma visão inversa dessa pirâmide: quem atinge estes três pilares, torna-se mais ou menos "imune" à falta dos patamares inferiores. Com estes pilares, é possível ser-se feliz mesmo na adversidade e no sofrimento, embora, obviamente, o sofrimento seja sempre indesejável.
Vamos ser felizes? :)
segunda-feira, 17 de novembro de 2008
quarta-feira, 5 de novembro de 2008
Barack Obama
Parece impossível, mas lembro-me que numa aula de inglês, há muitos anos, praí no 8º ano, ou por aí, a minha professora estava a dar matérias relacionadas com os estados unidos, e disse nada mais nada menos que nos estados unidos só os WASPs eram eleitos presidentes. WASP é a sigla para: "White, Anglo-Saxonic and Protestant".
Agora parece realmente impossível, porque hoje ficou para trás. Mas é impressionante o facto de termos vivido num mundo em que isso era um facto tão normal, que era ensinado nas escolas.
Dá vontade de pensar: que factos consideramos agora normais e também não o são realmente? Acho que a única maneira de percebermos quais são esses factos, é sermos totalmente independentes das tendências actuais da opinião pública, independentes de preconceitos (que tanto podem ser de direita como de esquerda, religiosos como anti-religiosos, etc.), independentes de valores que nos tenham sido transmitidos exteriormente sem passarem pela nossa própria avaliação. Enfim: independentes de tudo.
A única maneira é desenvolvermos a nossa própria moralidade, a nossa própria hierarquia de valores, baseadas apenas na nossa própria busca independente pela verdade, embora considerando sériamente todas as propostas que nos são feitas nesse sentido.
Se fizermos uma busca com esta independência imparcial, e que seja uma busca honesta pela verdade, tenho a certeza que nunca nos enquadraremos totalmente em nenhum quadrante político, filosófico ou religioso actual, pois há verdade e há erro em cada um deles.
A verdade, a justiça, a paz e o respeito são de tal maneira deslumbrantes, que onde eles estão existe sempre amor, alegria, tolerância, liberdade, honestidade, humildade e perdão.
Ou melhor, vou reformular a frase: o amor é de tal maneira deslumbrante, que é a única coisa da qual pode nascer a verdade, a justiça, a paz e o respeito. E o amor só existe onde houver tolerância, liberdade, honestidade, humildade e perdão. O sinal que o acompanha é uma alegria grande, simples e transparente.
Agora parece realmente impossível, porque hoje ficou para trás. Mas é impressionante o facto de termos vivido num mundo em que isso era um facto tão normal, que era ensinado nas escolas.
Dá vontade de pensar: que factos consideramos agora normais e também não o são realmente? Acho que a única maneira de percebermos quais são esses factos, é sermos totalmente independentes das tendências actuais da opinião pública, independentes de preconceitos (que tanto podem ser de direita como de esquerda, religiosos como anti-religiosos, etc.), independentes de valores que nos tenham sido transmitidos exteriormente sem passarem pela nossa própria avaliação. Enfim: independentes de tudo.
A única maneira é desenvolvermos a nossa própria moralidade, a nossa própria hierarquia de valores, baseadas apenas na nossa própria busca independente pela verdade, embora considerando sériamente todas as propostas que nos são feitas nesse sentido.
Se fizermos uma busca com esta independência imparcial, e que seja uma busca honesta pela verdade, tenho a certeza que nunca nos enquadraremos totalmente em nenhum quadrante político, filosófico ou religioso actual, pois há verdade e há erro em cada um deles.
A verdade, a justiça, a paz e o respeito são de tal maneira deslumbrantes, que onde eles estão existe sempre amor, alegria, tolerância, liberdade, honestidade, humildade e perdão.
Ou melhor, vou reformular a frase: o amor é de tal maneira deslumbrante, que é a única coisa da qual pode nascer a verdade, a justiça, a paz e o respeito. E o amor só existe onde houver tolerância, liberdade, honestidade, humildade e perdão. O sinal que o acompanha é uma alegria grande, simples e transparente.
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